Magia / O que são os 72 daemons da Goétia?
Dentro do meio ocultista e entre os simpatizantes de práticas mágicas, a palavra "Goétia" tornou-se extremamente popular na última década e continua ganhando destaque. Essa prática envolve o uso de técnicas de invocação e evocação de seres espirituais, muitos dos quais possuem reconhecimento em diversos contextos religiosos e históricos. Esses seres são conhecidos como "daemons" e são dotados de habilidades que podem auxiliar os praticantes aqui na Terra. Dentro desse sistema mágico, foram catalogados 72 daemons por ocultistas e magos medievais.
Antes de aprofundar no conhecimento sobre os 72 daemons da Goétia, é importante compreender o que é a Goétia. Em seguida, abordaremos algumas das vertentes da Goétia, detalharemos a hierarquia dos daemons e seus quatro reis principais, além de fornecer informações adicionais sobre o assunto. Utilize o menu abaixo para escolher o tópico que mais lhe interessa sobre Goétia.
O que é Goétia?
Os 72 daemons da Goétia
Especialidades e poderes dos 72 espíritos da Goétia
Possíveis origens da Goétia
As Chaves de Salomão
A Chave Menor de Salomão (Lemegeton)
Goétia de Salomão ou Salomônica
Outras vertentes da Goétia
O que são os 72 daemons da Goétia?
Os 4 grandes reis da Goétia
Natureza astral e elemental dos daemons
72 Anjos x 72 Daemons
Formas de comunicação com os espíritos goéticos
O que é Goétia?
Como mencionado anteriormente, dentro do segmento ocultista, Goétia ou Ars Goetia é um conjunto de técnicas e procedimentos cerimoniais que visam evocar espíritos para que estes obedeçam ao magista e realizem os desejos solicitados de acordo com a capacidade deste mesmo espírito. Por meio dessas técnicas o magista se utiliza do espírito sem que este exerça influência sobre o magista. Para isso, são utilizados uma série de selos, chaves de proteção e palavras de poder, todas explicadas, ensinadas e detalhadas no capítulo Ars Goétia do grimório "Lemegeton", também conhecido como "A Chave Menor de Salomão". Uma vez que esses seres, ou melhor, alguns desses seres, aparecem nos mais diversos segmentos relacionados ao ocultismo, é importante que se tenha ao menos um estudo e conhecimento básico sobre o assunto antes de tentar realizar qualquer prática mágica.
A pronúncia correta em português para a palavra Goétia é "Goécia".
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Os 72 daemons da Goétia
Do latim daemon e este do grego antigo δαίμων, que significa divindade, destino. O nome em latim, daemon, descreve deuses de determinadas entidades da natureza humana. No plural daemones (em grego δαίμονες) são seres na mitologia grega que em muito se assemelham aos gênios da mitologia árabe.
A palavra daemon se originou com os gregos na Antiguidade; no entanto, ao longo da História, surgiram diversas descrições para esses seres. O nome em latim é daemon, que veio a dar o vocábulo em português demônio. Seu temperamento liga-se ao elemento natural ou vontade divina que o origina. Não se fala em "bem" ou "mal". Um mesmo daemon pode apresentar-se "bom" ou "mau" conforme as circunstâncias do relacionamento que estabelece com aquele ou aquilo que está sujeito à sua influência.
Veja a Descrição completa de cada um dos 72 Daemons da Goétia
01 - Bael02 - Agares
03 - Vassago
04 - Samigina
05 - Marbas
06 - Valefor
07 - Amon
08 - Barbatos
09 - Paimon
10 - Buer
11 - Gusion
12 - Sitri
13 - Beleth
14 - Leraje
15 - Eligos
16 - Zepar
17 - Botis
18 - Bathin
19 - Saleos
20 - Purson
21 - Marax
22 - Ipos
23 - Aim
24 - Naberius
25 - Glasya-Labolas
26 - Bune
27 - Ronove
28 - Berith
29 - Astaroth
30 - Forneus
31 - Foras
32 - Asmoday
33 - Gaap
34 - Furfur
35 - Marchosias
36 - Stolas
37 - Phenex
38 - Halphas
39 - Malphas
40 - Raum
41 - Focalor
42 - Vepar
43 - Sabnock
44 - Shax
45 - Vine
46 - Bifrons
47 - Vual
48 - Haagenti
49 - Crocell
50 - Furcas
51 - Balam
52 - Alloces
53 - Caim
54 - Murmur
55 - Orobas
56 - Gremory
57 - Ose
58 - Amy
59 - Orias
60 - Vapula
61 - Zagan
62 - Valac
63 - Andras
64 - Haures
65 - Andrealphus
66 - Cimejes
67 - Amduscias
68 - Belial
69 - Decarabia
70 - Seere
71 - Dantalion
72 - Andromalius
Especialidades e poderes dos 72 espíritos da Goétia
Problemas Com Álcool e Drogas / Cura Vícios
10 - Buer
Animais
24 - Naberius; 53 - Caim; 62 - Valac
Viagem / Projeção Astral
01 - Bael; 18 - Bathin; 32 - Asmoday; 33 - Gaap; 51 - Balam
Perguntas E Respostas
03 - Vassago; 11 - Gusion; 20 - Purson; 29 - Astaroth; 32 - Asmoday; 35 - Marchosias; 37 - Phenex; 55 - Orobas; 57 - Ose
Negócios / Ajuda No Trabalho / Conseguir emprego
09 - Paimon; 11 - Gusion; 15 - Eligos; 26 - Bune; 55 - Orobas 60 - Vapula; 62 - Valac; 68 - Belial; 70 - Seere
Carisma / Talento / Humor
22 - Ipos; 31 - Foras; 51 - Balam; 61 – Zagan
Clarividência
29 - Astaroth; 32 - Asmoday; 50 - Furcas
Decisões
01 - Bael; 17 - Botis; 26 - Bune
Fornecem Familiares
09 - Paimon; 10 - Buer; 20 - Purson; 21 - Marax; 33 - Gaap; 39 - Malphas; 43 - Sabnock; 44 - Shax; 52 - Alloces; 58 - Amy; 67 - Amduscias; 68 - Belial; 69 - Decarabia
Prever o Futuro
03 - Vassago; 07 - Amon; 08 - Barbatos; 11 - Gusion; 20 - Purson; 22 - Ipos; 28 - Berith; 29 - Astaroth; 45 - Vine; 47 - Vual; 51 - Balam; 55 - Orobas; 64 - Haures
Amizade (Obtenção E Reconciliação)
07 - Amon; 08 - Barbatos; 11 - Gusion; 17 - Botis; 22 - Ipos; 29 - Astaroth; 62 -Valac
Possessões
32 - Asmoday
Saúde / Cura
05 - Marbas; 06 - Valefor; 10 - Buer
Ervas
18 - Bathin; 21 - Marax; 31 - Foras; 36 - Stolas; 46 - Bifrons; 69 - Decarabia
Honras / Status / Promoções
09 - Paimon; 11 - Gusion; 28 - Berith; 29 - Astaroth; 30 - Forneus; 55 - Orobas;68 - Belial
Intelecto / Sabedoria / Conhecimento
01 - Bael; 05 - Marbas; 06 - Valefor; 25 - Glasya-labolas; 26 - Bune; 29 - Astaroth; 48 - Haagenti; 49 - Crocell; 51 - Balam; 60 - Vapula; 61 - Zagan
Processos Legais (Judiciais)
15 - Eligos
Amor
07 - Amon; 12 - Sitri; 13 - Beleth; 14 - Leraje; 15 – Eligos; 16 – Zepar; 19 - Saleos; 32 - Asmoday; 33 - Gaap; 34 - Furfur; 40 - Raum; 47 - Vual; 56 - Gremory; 71 - Dantalion
Militares
15 - Eligos; 43 - Sabnock; 42 - Vepar; 66 - Cimejes
Dinheiro
26 - Bune; 40 - Raum; 58 - Amy; 72 - Andromalius
Música
37 - Phenex; 67 - Amduscias;
Necromancia
04 - Samigina; 24 - Naberius; 26 - Bune; 46 - Bifrons; 54 - Murmur; 58 - Amy
Números / Sorte
62 - Valac
Passado / Presente
03 - Vassago; 07 - Amon; 08 - Barbatos; 11 - Gusion; 17- Botis; 20 - Purson; 22 - Ipos; 25 - Glasya-labolas; 28 - Berith; 33 - Gaap; 45 - Vine; 47 - Vual; 51 - Balam; 55 - Orobas; 56 - Gremory; 64 - Haures
Poesia
37 - Phenex
Polícia E Questões Judiciais
15 - Eligos
Magos
02 - Agares; 06 - Valefor; 21 - Marax; 33 - Gaap; 39 - Malphas; 45- Vine; 46 - Bifrons; 55 - Orobas; 62 – Valac; 64 - Haures; 70 - Seere
Pedras
18 - Bathin; 21 - Marax; 24 - Naberius; 31 - Foras; 36 - Stolas; 46 - Bifrons
Poder / Valor
17 - Botis; 22 - Ipos; 35 – Marchosias
Adivinhação
66 - Cimejes
Astrologia
21 - Marax; 46 - Bifrons; 50 - Furcas; 58 - Amy
Geomancia
32 - Asmoday
Hidromancia
53 - Caim
Ocultismo
25 - Glasya-labolas
Quiromancia
50 - Furcas
Piromancia
50 - Furcas
Proteção Física E Espiritual
45 - Vine; 55 – Orobas; 66 – Cimejes
Persuadir Pessoas
32 - Asmoday; 68 - Belial; 71 – Dantalion
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Possíveis origens da Goétia
A palavra em grego clássico: γοητεία (goēteía) significa "feitiçaria, truques",
de γόης (góēs) "feiticeiro, bruxo" (plural: γόητες góētes).
Este conceito era presente desde o início do imaginário de magia no mundo greco-romano.
Górgias não distinguia "mageia" de "goēteia" e empregou ambos os termos como uma analogia para se referir ao poder
encantador da palavra na arte retórica, no Elogio de Helena: "duas técnicas de persuasão são encontradas,
e que são os erros da alma e as opiniões do espírito".
Fontes posteriores consideraram exclusivamente o termo da goécia como se referindo à invocação (geralmente compulsória) dos mortos
ou à necromancia, como na definição da Suda (século X)
Outra poossível origem é a seguinte: A palavra Goety pode ter vindo do latim e tem como tradução para o português a palavra "uivar", e portanto Ars Goetia significaria A Arte de Uivar, tendo este nome pois os antigos acreditavam que os lobos ao uivarem estavam "chamando" espíritos.
Ninguém sabe ao certo qual a origem da Goétia, alguns dizem que ela foi entregue pelos Anjos para o rei bíblico Salomão. Fontes mais coerentes dizem que tal grimório foi escrito na Idade Média, por um ou mais magistas que desenvolveram o sistema e registraram alguns de seus contatos com entidades espirituais. Para popularizar o sistema sem ter problemas com a Inquisição Católica, o autor original teria nomeado o grimório de Chave de Salomão, esquivando-se da fama de demonólatra e popularizando o livro com o nome de um personagem histórico (prática comum na Idade Média).
Ars Goetia era o título da primeira seção de A Chave Menor de Salomão (Lemegeton), e que contêm descrições dos 72 (setenta e dois) demônios que o Rei Salomão se diz ter evocado e confinado em um vaso de bronze selado com símbolos mágicos. O Ars Goetia atribui uma posição e um título de nobreza a cada membro da hierarquia infernal.
Os nomes dos demônios são tomadas a partir da Ars Goetia, que difere de termos de número e classificação do Pseudomonarchia Daemonum. Como resultado de múltiplas traduções, existem vários dados para alguns dos nomes que constam de artigos que lhe dizem respeito.
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As Chaves de Salomão
As Clavículas de Salomão (do latim Clavis Salomonis) também conhecido como As Chaves de Salomão é um dos mais conceituados livros de ocultismo da história. Ao mesmo tempo em que é referência frequente em outros tantos tratados e citado constantemente por vários ocultistas.
O livro (grimório) As Clavículas de Salomão descreve sobre as técnicas e procedimentos magisticos para evocar e/ou invocar seres espirituais e coloca- los a favor do mago. A origem do grimório é incerta e a autoria atribuída ao bíblico Rei Salomão também é pouco provável.
É possível que livro Clavis Salomonis tenha sido elaborado no século XII da era cristã na região antiga do Império Bizantino (parte da Europa, África e Ásia); Apesar de ter ganhado notoriedade apenas a partir do século XVII com o Renascimento. Mesmo assim, há algumas versões que surgiram no mesmo período e têm uma estrutura bastante diferente entre si, tanto de conteúdo quanto de linguagem. Fato que apenas amplia as lacunas sobre a real procedência do original.
Tenha em mente que a "Chave de Salomão" e a "Chave Menor de Salomão" são duas obras distintas na tradição da magia e da ocultismo. Embora ambas tenham supostas ou até mesmo improváveis relações com o Rei Salomão e a magia, elas têm diferenças significativas:
A Chave Menor de Salomão (Lemegeton)
O autor original desta obra é desconhecido, no entanto, existem várias edições disponíveis. A edição que vou abordar foi compilada e traduzida por S.L. "MacGregor" Mathers, com material editado e acrescentado por Aleister Crowley.
No que diz respeito ao conteúdo, como mencionado no próprio livro, não se trata de uma obra original, mas sim o resultado da combinação de diversos trabalhos. Além disso, o livro é dividido em cinco partes principais:
1 - Ars Goetia: Este grimoire contém informações sobre os 72 espíritos malignos, bem como os rituais para invocá-los, que, segundo a tradição, o Rei Salomão utilizou. Essa seção foi fortemente inspirada em "Pseudomonarchia Daemonum" de Johann Weyer, um ocultista do século XVI. Embora as listas sejam muito semelhantes, elas não são idênticas.
2 - Ars Theurgia Goetia: Este é o livro dos espíritos, que são classificados em parte como "Maus" e em parte como "Bons". Ele deriva de "Steganographia" de Johannes Trithemius, um ocultista nascido no século XV.
3 - Ars Paulina: Este livro trata dos espíritos que regem as Horas Planetárias, bem como dos espíritos associados a cada Grau dos Signos e aos Planetas nos Signos. Novamente, esse conteúdo tem suas raízes em "Steganographia" de Johannes Trithemius.
4 - Ars Almadel: Este livro contém informações sobre os espíritos que governam as Quatro Altitudes ou os 360 Graus do Zodíaco. Suas origens não são conhecidas, embora Johann Weyer tenha afirmado que tinha origem árabe.
5 - Ars Notoria: Este texto inclui uma série de orações destinadas a conceder uma memória eidética, ou seja, uma memória fotográfica, e a capacidade de aprendizado instantâneo ao mago.
O livro também nos apresenta dois textos que exploram o conceito de magia e seu funcionamento. O primeiro é uma interpretação da magia cerimonial, cortesia de Aleister Crowley. O segundo é uma definição preliminar de magia. Vamos começar com o segundo texto, pois é mais breve e menos envolvente.
Existem dois tipos de magia: a magia natural, usada para compreender as "Obras Secretas da Natureza", e a magia diabólica, que está centrada nas artes negras, como a necromancia, e está associada às tentações de Satanás. Aqueles que estudam este último são chamados de feiticeiros.
Goétia de Salomão ou Salomônica
A Goétia de Samuel Liddell MacGregor Mathers
A Versão mais conhecida da Goétia Salomônica, foi escrita pelo mago inglês Samuel Liddell MacGregor Mathers.
Mathers foi um ocultista britânico, e juntamente como Dr. William Wynn Westcott e Dr. William Robert Woodman,
fundaram a Ordem Hermética da Aurora Dourada - Golden Dawn. Mathers foi o responsável direto
pela fundamentação e desenvolvimento ds técnicas magisticas, rituais e documentos da Golden Dawn.
Uma das obras mais importantes de Mathers foi o Lemegeton, o qual foi baseado em documentos que derem origem a uma obra mais antiga que abordaremos em breve,
a Goétia do Dr Rudd.
A Goétia contida no Lemegeton foi reformulada e adaptada aos tempos atuais e contém diferenças bem significativas se comparada aos documentos originais. Muitos consideram que a Golden Dawn otimizou e melhorou o sistema, outros magistas mais tradicionais, preferem seguir a versão mais antiga da Goétia - A Goétia do Dr Rudd.
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A Goétia de Aleister Crowley
Aleister Crowley, ou Edward Alexander Crowley, foi um grande mago inglês que, posteriormente, se tornou membro da Golden Dawn e carrega até hoje o título de um dos mais influentes ocultistas de todos os tempos. Crowley foi responsável pela fundação de uma doutrina (ou filosofia, dependendo do ponto de vista) que batizou de Thelema. Ele foi o co-fundador da A∴A∴ e, mais tarde, um líder da O.T.O.
A primeira versão da Goétia desenvolvida por Aleister Crowley, possuí bases na Goétia de Salomão, porém com algumas modificações. Estas modificações estão relacionadas a percepção sobre o que os daemons realmente são. Crowley passou décadas defendendo a tese de que os daemons são forças da nossa mente e, desta forma, toda ritualística é focada nisso.
Posteriormente, Crowley modificou mais ainda o sistema, utilizando-se de técnicas de orgasmo sexual para facilitar a evocação dos daemons.
Após a criação de Thelema, uma nova versão da Goétia foi criada, esta versão modificou toda simbologia e nomes divinos para nomes divinos
ligados à deuses de Thelema.
A Goétia do Dr Rudd
Thomas Rudd foi um mago erudito do início do século XVII contemporâneo ao Dr. John Dee, o pai da Magia Enoquiana. Sabemos que existem muitas edições da Goetia, das quais a mais famosa é a de Joseph Peterson, mas este volume mostra como a Goetia era realmente praticada por magistas nos séculos XVI e XVII.
Apesar da Goétia do Dr Rudd ser baseada em documentos mais antigos, esta se tornou conhecida posteriormente à Goétia de Mathers e Crowley. Este raro volume contém uma transcrição de um manuscrito até então inédito do Lemegeton e inclui ilustrações tiradas de manuscritos raros mantidos na Biblioteca Britânica. A maior diferença está na utilização de anjos contrários para frustrar ou subjulgar os daemons. Cada um dos 72 daemons é frustrado por um anjo cabalístico.
Muitos magistas consideram esta versão a mais segura conhecida. A Goétia do Dr Rudd é abordada em sua teoria e prática em nosso curso avançado de Goétia. Conheça nosso curso avançado agora mesmo - CLIQUE AQUI
Outras vertentes da Goétia
Atualmente muitas ramificações da Goétia foram criadas e cada uma delas possuí sua particularidade. Ao que se sabe, todas são perfeitamente funcionais, pois a única coisa necessária para se entrar em contato com um daemon, é o selo do mesmo. No entanto, isso pode ser extremamente perigoso, a falta de segurança de muitas destas vertentes ou métodos podem trazer o problemas para os magistas praticantes de algumas destas ramificações.
Dentre as vertentes mais conhecidas podemos citar: Goétia de Thelema; Luciferiana; Pathworking; Palavras de Poder e muitos outros.
Goétia de Thelema
Como mencionado antes, Aleister Crowley foi o fundador da Thelema, esta que pode ser considerada uma doutrina possuí suas próprias divindades e quando Crowley adaptou todo sistema da Goétia de Salomão para Thelema, fez-se necessário adaptar os nomes originais contidos nas ferramentas e conjurações para tais divindades.
Em Thelema, inicialmente, os daemons eram tratados como parte da psique humana, e todo processo de evocação se baseia nestes fundamentos. É interessante salientar que Crowley acreditou por décadas neste conceito, mas perto do final de sua vida ele mudou seu pensamento e voltou atrás, afirmando que os daemons são seres espirituais externos.
Goétia Luciferiana
A Goécia Luciferiana é uma abordagem mais recente da Goétia tradicional e tem por base a veneração a Lucifer. A autoridade do magista, nesta forma de evocação, é interna, e seu nível vibracional é baixado até níveis compatíveis com os Daemons, para que a comunicação ocorra de forma mais próxima. Nesta vertente, os Daemons são entidades que auxiliam na jornada individual e agem em consonância com a própria Vontade do magista.
Uma das diferenças entre a Goetia Salomonica da Luciferiana é a forma como as
entidades/demônios são tratadas.
Enquanto na primeira o espírito é subjulgado pelo magista, na segunda os conjuros os
tratam de forma mais amigável. Outra diferença é com relação aos símbolos e conjurações
utilizados durante o ritual, além de oferendas materiais feitas aos daemons.
Observe o conjuro de saudação da Goetia Luciferiana:
Saudação do Espírito
"Seja Bem-vindo Espírito XXXXXXX. Seja bem-vindo neste lugar de reunião da encruzilhada.
Eu lhe chamei, para se juntar a mim, pela união do Céu e do Inferno. Eu deixo isto dentro
deste círculo para que você pegue a carne e o desejo dentro do teu Sigilo de Conjuração,
com o qual eu lhe dou a vida. Tu não deixará esse círculo até que eu esteja satisfeito,
porque eu te trouxe ao mundo da carne mais uma vez...
Goétia Pathworking
A tradução literal para o português da palavra Pathworking é algo como trabalhando o caminho, e é exatamente esta a ideia por trás deste método de contato com os daemons goéticos. Este método parte do príncípio que não é o daemon que vem até você, mas sim você que vai até o daemon através de uma espécie de viagem astral.
Apenas com o selo do daemon e algumas técnicas de meditação e visualização é possível entrar em contato com os daemons. Este método divide opiniões entre os magistas, pois descarta completamente as ferramentas mágicas e conjurações de proteção. Para os magos mais tradicionais, é extremamente perigoso e muitos consideram até mesmo uma afronta aos ritos tradicionais.
Palavras Goéticas de Poder
O método da Goétia conhecido como Palavras Goéticas de Poder, foi desenvolvido e divulgado pelo escritor Tristan Whitespire por meio de seu livro Goetic Words of Power. Trata-se de um método simplificado em que somente é necessário a utilização do selo do daemon para a evocação. O selo utilizado, não é exatamente o mesmo da Goétia tradicional, mas sim uma adaptação que contém além do sigilo do daemon, nomes de anjos cabalísticos e outros nomes de autoridades divinas.
Diferente do Pathworking, este método possuí um sistema de segurança embutido nele, pois utiliza-se do anjo cabalístico contrário ao daemon, assim como na Goétia do Dr Rudd. Este método também utiliza de palavras em hebraico para conjurar os daemons, é daí que vem o nome de Palavras Goéticas de Poder.
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O que são os 72 daemons da Goétia?
Os espíritos da Goétia, também chamados de daemons, gênios, demons ou daimons são entidades que existem desde os primórdios da humanidade e nunca tiveram vida física(nunca foram encarnados). Existem 72 espíritos, cada um deles possui determinadas habilidades para auxiliar os humanos em realizações neste plano físico. Existem algumas teorias dentre muitas que explicam o que são os Espíritos da Goetia, quais suas origens e como realizam nossos desejos. Apresento logo abaixo algumas das teorias mais difundidas entre magistas, magos e bruxos.
Entidades espirituais
Esta teoria pressupõe que os Daemons são espíritos ancestrais que são evocados para realizar os desejos humanos. O ritual de evocação abre um portal que liga a região onde o daemon solicitado se encontra e a região onde o magista está. Esta teoria é muito difundida e trata os Daemons como entidades únicas. Algumas variações desta teoria dizem que são espíritos infernais (demônios) e outras dizem que são Deuses antigos que foram esquecidos com o passar dos milénios.
Energias personificadas
Esta teoria diz que os Daemons são energias onipresentes neste mundo. Estas energias representam os fenômenos e componentes da natureza que através do ritual de evocação se manifestam personificadas. A forma com que muitos deles aparecem (partes de corpo de animais e humanos) também fundamenta esta teoria. A energia que se manifesta é considerada uma pequena parte da energia existente, isso explica como o mesmo Daemon pode se manifestar em vários lugares ao mesmos tempo.
Materialização do nosso subconsciente
De acordo com esta teoria, os Daemons são parte do nosso subconsciente e o ritual é um processo que faz com que nosso subconsciente se ligue ao nosso consciente. Desta forma a realidade pode ser alterada dentro do que é possível. Trata-se da materialização dos nossos desejos e explica o motivo de uma mesma evocação ter efeitos diferentes para pessoas diferentes.
Independentemente o que os daemons são, o fato é que possuem poderes capazes de auxiliar nós humanos neste plano físico. Cada espírito possui habilidades específicas para determinadas tarefas.
O texto a seguir é tirado diretamente do ensaio introdutório, A Interpretação Iniciada da Magia Cerimonial na Goécia. As operações da Magia cerimonial consistem em;
1 - vista - o círculo, quadrado, triângulo, vasos, lâmpadas,
2 - vestes, implementos, etc
3 - som - as invocações
4 - cheiro - os perfumes
5 - gosto - os sacramentos
6 - toque - ver 1
7 - mente - combinação de todos estes e reflexão sobre o seu significado
Essas impressões incomuns (1-6) produzem mudanças cerebrais incomuns, portanto, seu resumo (7) é do tipo incomum. Sua projeção de volta ao mundo aparentemente fenomenal é, portanto, incomum. Aqui, então, consiste a realidade das operações e efeitos da magia cerimonial, e eu entendo que a apologia é ampla, na medida em que os "efeitos" referem-se apenas àqueles fenômenos que aparecem para o próprio mago, a aparência do espírito, sua conversa. , possíveis choques da imprudência, e assim por diante, até o êxtase de um lado, e a morte ou a loucura do outro.
Mas será que algum dos efeitos descritos em nosso livro Goetia pode ser obtido? Em caso afirmativo, você pode dar uma explicação racional das circunstâncias? Te dizer isso? Eu posso, e vou: Os espíritos da Goetia são porções do cérebro humano. Seus selos, portanto, representam métodos de estimular ou regular esses pontos específicos (embora o olho).
Os nomes de Deus são vibrações calculadas para estabelecer: Controle geral do cérebro. (Estabelecimento de funções relativas ao mundo sutil.) Controle sobre o cérebro em detalhes. (Posto ou tipo do Espírito.) Controle de uma porção especial. (Nome do Espírito.)
(…) Se, então, digo com Salomão: 'O Espírito Cimieries ensina lógica', o que quero dizer é: 'Aquelas partes do meu cérebro que servem à faculdade lógica podem ser estimuladas e desenvolvidas seguindo os processos chamados' A Invocação de Cimieries. Salomão nos promete que podemos, obter informações, destruir nossos inimigos, entender as vozes da natureza, obter tesouro, curar doenças. Eu tomei esses cinco poderes em considerações aleatórias de espaço que me impedem de explicar tudo. Traz fatos da subconsciência. Aqui chegamos a um fato interessante. É curioso notar o contraste entre os meios nobres e os fins aparentemente vil dos rituais mágicos. Estes últimos são disfarces para verdades sublimes. "Destruir nossos inimigos" é perceber a ilusão da dualidade, excitar a compaixão.
Um naturalista cuidadoso entenderá muito das vozes dos animais que estudou por muito tempo. Até mesmo uma criança sabe a diferença do miado e do ronronar de um gato. A faculdade pode ser muito desenvolvida. A capacidade de negócios pode ser estimulada. Estados anormais do corpo podem ser corrigidos, e os tecidos envolvidos trazidos de volta ao tom, em obediência às correntes iniciadas no cérebro. Então, para todos os outros fenômenos. Não há efeito verdadeiramente e necessariamente miraculoso.
Os 4 grandes reis da Goétia
Em demonologia, os 72 daemons da goétia são governados por 4 (quatro) grandes governantes
(Reis) do inferno, estes governantes representam os 4 elementos (terra, fogo, água e ar)
e os 4 pontos cardeais básicos (Norte, Sul, Leste, Oeste).
Os quatro grandes reis são geralmente chamados de Oriens, ou Uriens, Paymon ou Paymonia,
Ariton ou Egyn e Amaymon ou Amaimon. Pelos rabinos são conhecidos sob os nomes de:
Samael, Azazel, Azael e Mahazael.
Alguns nomes de reis aparecem trocados ou até mesmo são outros nomes dependendo do
grimório. Por exemplo, no grimório "A Chave Menor de Salomão", o rei do Sul se chama Goap
e no grimório "Pseudomonarchia Daemonium" o rei do Sul se chama Amaymon, estes são apenas
exemplos de nomes trocados. Abaixo listarei todos os nomes dos grandes Reis, seu
respectivo elemento, direção cardeal e também os daemons a ele subordinados.
Grande Governante: Goap - Amaymon - Amaimon - Mahazael
Elemento:Fogo
Direção:Sul
DAEMONS:
01-Bael
08-barbatos
10-Buer
14-leraje
23-Aim
25-Glasya-Lebolas
28-Berith
34-Furfur
35-marchosias
38-Halphas
40-Raum
43-Sabnock
52-Alloces
58-Amy
63-Andras
64-Haures
68-Belial
72-Andromalius
Grande Governante: Ziminar - Paymon - Paymonia - Azazel
Elemento:Agua
Direção:Oeste
DAEMONS:
03-Vassago
04-samigina
07-Amon
09-Paimon
11-Gusion
15-Eligos
17-Botis
22-Ipos
30-Forneus
41-Focalor
42-Vepar
45-Vine
47-Vual
49-Crocell
54-Murmur
55-Orobas
56-Gremory
71-Dantalion
Grande Governante: Corson - Egyn - Ariton - Azael
Elemento:Terra
Direção:Norte
DAEMONS:
02-Agares
06-Valefor
12-Sitri
13-Beleth
16-Zepar
18-Bathin
19-Saleos
20-Purson
21-Marax
26-Bune
29-Astaroth
31-Foras
46-Bifrons
48-Haagenti
51-Balam
61-Zagan
62-Volac
66-Cimejes
Grande Governante: Amaymon - Oriens - Uriens - Samael
Elemento:Ar
Direção:Leste
DAEMONS:
05-Marbas
24-Naberius
27-Ronove
32-Asmoday
33-Gaap
36-Stolas
37-Phenex
39-Malphas
44-Shax
50-Furcas
53-Caim
57-Ose
59-Orias
60-Vapula
65-Andrealphus
67-Amduscias
69-Decarabia
70-Seere
Conheça mais sobre os 4 grandes Reis da Goétia
Amaymon - Rei do SulEgyn - Rei do Norte
Oriens - Rei do Leste
Paymon - Rei do Oeste
Natureza astral e elemental dos daemons
Além das breves descrições sobre os daemons da goetia contidas nos grimórios, existe outra forma de saber quais são as habilidades e capacidades dos espíritos goéticos.Para saber qual daemon é mais aconselhável utilizar em um trabalho espiritual, devemos conhecer sua natureza astral e elemental. Embora haja algumas controversias, a natureza astral e elemental da maioria dos daemons está de acordo em diversos grimórios. Através disso podemos utilizar estes conhecimentos combinados para selecionar o daemons mais indicado para um determinado trabalho. Usarei como exemplo o daemon de número 26, Bune;
De acordo com a Chave menor de Salomão, Bune é um daemon que é regido pelo planeta Vênus
e seu elemento é a terra.
Astrologicamente Vênus expressa o desejo de cooperar, a generosidade, afeição e ternura.
Desperta a vontade de travar relacionamentos que sejam equilibrados, harmônicos, incute
no ser mais amor, alegria, consideração, o desejo de dividir, a educação, o modo certo e
calmo de agir.
Agora devemos analisar a natureza elemental deste mesmo daemon. A terra é a responsável
por todos os poderes vinculados a questões de sustentação, prosperidade, fartura,
abundância e equilíbrio. Este elemento é responsável por nos dar a sustentação necessária
para que possamos continuar a caminhada nesse mundo.
Analisando estas características astrais e elementais, podemos concluir que Bune é um espírito de cooperação, negociação e auxilia em questões de prosperidade material. São estes fatores que tornam Bune um dos espíritos da goetia mais utilizados em pactos de riqueza e evocações para auxilio financeiro.
Esta análise pode ser feita para qualquer entidade, e não somente para a goétia. Todo e qualquer espírito é regido por um planeta e por um elemento, basta descobri-los para saber de que forma este espírito melhor trabalha e quais as suas forças.
72 Anjos x 72 Daemons
Ao falar de Goétia, é comum pensarmos na versão popularizada por Mathers no final do século XIX. No entanto, uma edição menos conhecida, mas igualmente fascinante, é a Goétia transcrita por Dr. Thomas Rudd no século XVII. Nesta postagem, vamos explorar por que essa versão merece a sua atenção.
Primeiramente, é importante destacar que não estamos abordando apenas a Goetia, como o título pode sugerir, mas sim o Lemegeton em sua totalidade. E, para tornar tudo ainda mais intrigante, essa edição é baseada em um manuscrito até então inédito, o documento Harley MS 6483 compilado por Dr. Thomas Rudd, um mago erudito do início do século XVII, contemporâneo a figuras renomadas como Dr. John Dee, o pai da Magia Enoquiana.
Enquanto a Goétia de Joseph Peterson é amplamente conhecida, este volume nos proporciona uma visão mais autêntica de como a Goétia era praticada pelos magistas nos séculos XVI e XVII. A diferença mais notável reside no uso de anjos contrários para frustrar ou subjugar os daemons. Aqui, cada um dos 72 daemons é controlado por um anjo cabalístico.
No cerne desse sistema, encontramos os 72 anjos Shemhamphorash, fundamentais para controlar os espíritos. O livro descreve o procedimento correto para invocá-los com segurança, utilizando selos com inscrições nas duas faces: uma com o nome em hebraico e o sigilo do daemon, e a outra com o nome em hebraico e o versículo do salmo relacionado ao anjo contrário.
Esta variação da Goétia é especialmente útil quando as coisas saem do controle ou quando se busca uma proteção extra durante um ritual. Se um daemon se recusar a atender aos seus pedidos, você pode recorrer a este método para forçá-lo a cumprir suas vontades. É particularmente recomendado quando um daemon causa problemas em sua vida, permitindo que você o ordene a cessar seus distúrbios, utilizando a influência do anjo contrário.
Em comparação, a versão de Mathers e Crowley da Goétia sofreu mudanças substanciais, embora ainda seja amplamente funcional e amplamente difundida entre os magistas. Notavelmente, não incorpora diretamente os anjos contrários para proteção. Em vez disso, os anjos são implicitamente usados, como evidenciado pelo círculo de proteção descrito na versão deles. Vale a pena ressaltar a modificação que Mathers introduziu, acrescentando os nomes dos 72 anjos cabalísticos ao redor do círculo como uma maneira de simplificar o uso dos anjos Shem e garantir proteção por meio dos 72 nomes de Deus.
Portanto, ao explorar a Goétia de Dr. Thomas Rudd, você terá a oportunidade de mergulhar em uma tradição mágica autêntica dos séculos XVI e XVII, onde anjos contrários desempenham um papel crucial na manipulação dos daemons. Essa edição oferece um novo e intrigante olhar sobre a magia e pode ser uma valiosa adição ao seu conhecimento esotérico.
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Formas de comunicação com os espíritos goéticos
Existem diversas maneiras de estabelecer comunicação com o mundo espiritual, que incluem métodos que utilizam tecnologia, práticas mágicas e projeção astral. Além disso, há indivíduos dotados da capacidade de perceber, sentir, ouvir e até mesmo incorporar espíritos de maneira natural, sendo reconhecidos como médiuns.
É crucial compreender que a percepção dos espíritos depende tanto de nós quanto deles. A interação espiritual, assim como qualquer outra forma de comunicação, é uma dinâmica bilateral. Mesmo ao seguir práticas apropriadas e desenvolver habilidades, a sintonia entre ambas as partes é fundamental para compartilhar a mesma realidade. Em algumas situações, espíritos mais "fortes" podem escolher não se manifestar visualmente, tornando-se perceptíveis apenas para aqueles cuja energia está em equilíbrio ou mais forte. À medida que nos acostumamos a essa realidade alternativa, as entidades espirituais podem se tornar progressivamente mais tangíveis, alcançando o ponto em que a interação física, como o toque, torna-se possível.
Contudo, é importante considerar que o contato com espíritos e outras entidades pode impactar-nos mais profundamente do que inicialmente imaginamos. Essa interação pode alterar o padrão vibratório de nossa energia, resultando em sensações como cansaço, náuseas, tonturas, sono excessivo ou aumento do apetite. Portanto, manter um equilíbrio é essencial para que o corpo suporte essas mudanças abruptas.
A seguir, abordaremos de forma resumida algumas das formas mais comuns de comunicação com os espíritos da Goétia.
Oráculos de clarividência
Scrying é uma técnica divinatória que utiliza superfícies refletoras, como espelhos ou bolas de cristal, para obter insights espirituais. É amplamente utilizado em tradições mágicas e esotéricas para se comunicar com o plano espiritual ou obter visões do passado, presente ou futuro. Os instrumentos mais comuns são o espelho negro e a bola de cristal. O espelho negro, feito geralmente de obsidiana ou ônix polido, é considerado especialmente poderoso devido à sua escuridão e reflexividade, facilitando a entrada em estados alterados de consciência e permitindo visões e imagens surgirem quando o praticante fixa seu olhar nele.
A hidromancia é uma prática de adivinhação que usa a água para obter previsões ou insights. Pode ser feita de várias maneiras, como observar padrões formados por gotas de água ou estudar corpos d'água naturais. Na goétia, é comum usar um copo d'água dentro do triângulo da arte. A interpretação envolve observar reflexos, formas ou padrões na água.
A piromancia é uma forma de adivinhação que utiliza o fogo para obter informações sobre o futuro. Os praticantes observam o comportamento das chamas, a maneira como o fogo queima e a fumaça para fazer previsões ou interpretar mensagens. Pode ser feita observando as chamas de uma vela, incenso ou fogueira. Na goétia, é comum usar as chamas das velas ou um pote com fogo dentro do triângulo da arte. Acredita-se que as imagens formadas pelo fogo revelem insights sobre eventos futuros ou ofereçam orientação espiritual. Assim como o scrying e a hidromancia, a piromancia tem uma longa história e é encontrada em várias tradições culturais e esotéricas.
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Oráculos de cartomancia
Cartomancia é uma prática de adivinhação que usa cartas para oferecer previsões e conselhos espirituais. Existem diversos sistemas de cartas, e o Tarot é um dos mais conhecidos, com 78 cartas divididas em Arcanos Maiores e Menores, cada uma com seu simbolismo próprio. O baralho Lenormand e o Baralho Cigano também são populares, oferecendo representações de situações cotidianas. O Tarot de Rider-Waite é notável por suas imagens simbólicas detalhadas, criado por Pamela Colman Smith e Arthur Edward Waite, ambos membros da Golden Dawn. Waite é conhecido por enfatizar o significado simbólico das cartas. A cartomancia pode ser usada em rituais goéticos para comunicação com espíritos, escolha de espíritos para trabalhar em questões específicas, e para buscar orientação após rituais. Cada baralho de cartomancia possui uma simbologia única e métodos de interpretação que variam conforme a preferência pessoal ou tradição do praticante.
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Pêndulo Radiônico
O Pêndulo Radiônico ou Radiestésico é um instrumento de radiestesia feito de uma corda e um peso que pode ser facilmente confeccionado em casa. Utilizado para responder perguntas através de seus movimentos oscilatórios, o pêndulo também serve na comunicação com entidades espirituais e na detecção de energias em ambientes. Na Goétia, é empregado para receber respostas diretas (SIM ou NÃO) dos daemons e deve ser usado dentro de um círculo mágico para aumentar sua efetividade, destacando-se por sua rapidez e facilidade de interpretação.
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Detector EMF KII (K2)
O objetivo do medidor de campos eletromagnéticos (EMF) parece ser bastante direto: identificar campos eletromagnéticos, abreviados como EMF (Campo Eletromagnético). Este dispositivo foi concebido para identificar a atividade de aparelhos elétricos em ambientes residenciais, bem como para detectar a presença de telefones celulares e fios elétricos nas paredes, entre outras aplicações práticas.
Muitos pesquisadores do sobrenatural afirmam que, por razões ainda desconhecidas, entidades manifestadas causam variações erráticas nos campos eletromagnéticos locais. Assim, a análise crucial se concentra nas oscilações do ponteiro (ou nas alterações das luzes). Se isso ocorrer, sugere-se que uma presença espiritual esteja presente, já que teoricamente tais flutuações não ocorrem em proximidade de dispositivos devido à constância de seus campos (exceto nos momentos de ligar ou desligar).
Este dispositivo pode ser utilizado em rituais de Goétia, desde que seja posicionado dentro do triângulo de manifestação. É recomendável o uso de modelos específicos, como o KII ou K2, devido a experiências negativas com outros dispositivos que se desligam automaticamente após algum tempo. Os benefícios deste método incluem sua eficácia comprovada e a não necessidade de habilidades mediúnicas. No entanto, o aspecto desfavorável é o custo relativamente alto do aparelho.
Por exemplo, durante um ritual de Goétia, ao posicionar o dispositivo no triângulo de manifestação, é possível monitorar as flutuações do campo eletromagnético enquanto se realizam as conjurações. Isso proporciona uma ferramenta tangível para os praticantes, permitindo a detecção de presenças espirituais com base em mudanças mensuráveis nos campos elétricos. Além disso, a facilidade de uso do dispositivo KII ou K2 torna-o acessível a praticantes que não possuem habilidades mediúnicas desenvolvidas.
Existem diversas outras formas de comunicação com os daemons da Goétia, tais como o Fenômeno de Voz Eletrônica, Spirit Box, projeção astral, entre outras. No entanto, as que foram apresentadas são as mais famosas e comumente utilizadas pelos praticantes de Goétia.
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